segunda-feira, agosto 16, 2010

Jogo dos 7 erros

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44

Quando, na minha infância, eu comprava um “Almanaque de férias” uma das coisas que eu mais gostava de fazer era o jogo dos 7 erros. Em uma mesma página tínhamos, aparentemente duas imagens iguais, mas ao examinar com alguma atenção íamos descobrindo que existiam diferenças entre as ilustrações. Com um pouco de cuidado descobríamos que o cachorro tinha cinco patas ao invés de quatro e que o vaso antes cheio de flores agora está sem nenhuma.

O inimigo tem feito um árduo trabalho ao longo dos séculos misturando suas mentiras e heresias entre as verdades de Deus. E, da mesma forma que em Deus não pode existir trevas ou engano, no inimigo das nossas almas não existe verdade nem bem algum. Desde o principio ele é mentiroso e luta incansavelmente contra tudo que é verdadeiro. O que devemos fazer nos dias de hoje depois que tantos anos se passaram desde a descida do Espírito Santo e do surgimento da Igreja? Por séculos homens e mulheres lutaram pelas verdades imutáveis e eternas de Deus. Mas, como chegar até a verdade límpida, cristalina e legítima nos dias de hoje? Após quase 2000 anos de história da igreja como identificar os erros?

Bem, a primeira coisa que devemos fazer é buscar qual é o modelo correto. Para identificarmos os erros precisamos compará-lo com o verdadeiro. Devemos voltar para as escrituras e buscarmos, com toda sinceridade, livres de todo paradigma e pré-conceito qual é o caminho original projetado e apontado por Deus. Quando passamos a conhecer melhor o “quadro” correto, ficará mais fácil percebermos os erros e as anomalias escondidas e camufladas. C. S. Lewis, no curioso livro “Cartas de um diabo ao seu aprendiz”, relata quais seriam as estratégias malignas utilizadas para contaminar o povo de Deus. Em uma determinada passagem ele diz:

“Não tenho pretensão de tirar ninguém da igreja, pelo contrário. Quero deixá-los

lá, pois farei de tudo para que sejam frios, apáticos, que fiquem brigando entre si
por bobagem, que se dividam, e façam panelinhas entre eles. No que depender
de mim farei com que tenham uma vida tão miserável, que quando forem
evangelizar ninguém vai querer ter uma vida igual a deles.
Outra estratégia que uso muito é a de fazer com que os valores da igreja se
pareçam cada vez mais com o mundo, pois assim quando as pessoas passarem
a freqüenta.-la, elas não precisarão mudar nada, e continuarão fazendo as
mesmas coisas de antes. Não é genial?”

Se pararmos de ter o modelo correto em mente em breve acreditaremos que um cachorro ter cinco patas é uma coisa normal. A doutrina dos apóstolos constituem o sólido fundamento da igreja (Ef 2:20) e também o fundamento eterno dos muros da Nova Jerusalém (AP 21: 14) e deve ser o irrestrito filtro de nossa regra de fé e conduta. Examine as doutrinas e os costumes que temos visto e ouvido por aí. Compare com o modelo bíblico proposto e reflita com atenção por um instante.

Difícil será achar apenas 7 erros.

“Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma.” Jeremias 6:16