segunda-feira, julho 26, 2010

Sobre DEUS - Parte I

“Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.” Salmos 136:1

Meus pensamentos insistem em meditar Naquele que sempre existiu. Mas assim como é mencionado em Jó que, por mais que coloquemos toda a nossa atenção, esforço e tempo em conhecer mais a Deus, a única conclusão que podemos tirar é: “eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos! Que leve sussurro temos ouvido dele!” (26:14 ). Falar sobre Deus, na esfera da razão, é tão raso e tão inatingível que seria melhor gastarmos o nosso tempo ouvindo uma criança de cinco anos comentar sobre o que ela pensa a respeito de física nuclear, nanotecnologia ou o projeto genoma.

Uma das barreiras mentais que temos é pensar que existem pedidos mais fáceis ou mais difíceis para Deus. Nós como criaturas limitadas não conseguimos avaliar nada de outro modo. Intuímos que, pedir para um padeiro fazer um pão ou uma professora de matemática resolver uma equação de primeiro grau, sejam pedidos fáceis de se realizarem. Pedirmos que alguém salve um paciente com câncer já seria considerado um pedido difícil por ser uma situação que extrapola a vontade humana. Porém, pedir para que um homem bata os braços e saia voando como um pássaro será considerado um pedido impossível tendo em vista as leis da física que recaem sobre nós. Mas com Deus não é assim. Não há limites ou impossíveis para Ele. Nada pode extrapolar o seu domínio. Não existe para Ele alguma coisa que seja mais “difícil” ou mais “fácil”. Criar uma galáxia, parar o planeta terra, andar sobre as águas ou nos dar o pão de cada dia estão absolutamente na mesma esfera de possibilidades para Deus.

Os relatos da Bíblia nos revelam um ser acima de toda lei da matéria. Andar sobre as águas, transformar água em vinho ou multiplicar peixes são fatos que não podem ser explicados fisicamente. Pensando nesses aspectos, o Deus da Bíblia é exatamente como um Deus deveria ser: absolutamente Onipotente, Onipresente e Onisciente. Ele é o único ser auto-suficiente de maneira que não depende de ninguém ou de nada para existir.

Creio que existe esse Deus. E também acredito que é do Seu interesse revelar-se às suas criaturas para que elas O conheçam e O sirvam. Porém, como Ele é Espírito (João 4:24) Ele se revela ao homem no espírito. De maneira que aqueles que tiveram seus espíritos iluminados e viram a Deus toda a sua vida é transformada. É como dizem: “Para quem não crê em Deus nenhuma explicação é o suficiente. Para quem crê em Deus nenhuma explicação é necessária.”

Se o primeiro passo é crer que existe um único e soberano Deus, o próximo passo é conhecer seus pensamentos e suas leis morais para suas criaturas. Descobrimos então que Ele “habita em uma luz inacessível a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver (I Tm 6:16)”. Seus padrões são tão elevados e sua santidade é tão inalcançável que criatura alguma poderia O satisfazer. O que fazer então? Qual é a resposta do homem para agradar a um Deus que é tão grande em poder quanto grande em santidade?

Já não é necessário o homem inventar respostas. O próprio Deus providenciou um grande plano de resgate para a raça humana. Há 2000 anos atrás Ele invadiu esse planeta como um homem e marcou para sempre nossa história. Seus atos heróicos serão para sempre celebrados por aqueles que conheceram não apenas a Sua grandeza mas também a Sua salvação.

“Porque ainda que há também alguns que se chamem de deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e senhores, todavia para nós há um só Deus e Pai de quem são todas as cousas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as cousas, e nós também por ele.” I Coríntios 8:5,6

segunda-feira, julho 19, 2010

Adivinhações

“Não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, aos vossos sonhadores, aos vossos agoureiros e aos vossos encantadores (...) porque eles vos profetizam mentiras.” Jeremias 27:9,10

Durante essa última copa do mundo surgiu uma personagem interessante: Paul – o polvo. Começou como uma brincadeira em um aquário na Alemanha. Antes dos jogos, colocavam perante o polvo duas caixas com mexilhões: uma caixa tinha a bandeira alemã e na outra caixa tinha a bandeira da seleção adversária. A caixa escolhida pelo polvo era interpretada como uma previsão do vencedor do confronto. Incrivelmente o polvo “acertou” – pelo menos foi o que nos foi falado pela mídia – todos os oito resultados em que foi chamado para dar o seu “palpite.” Paul tornou-se o maior ícone da copa sendo o astro mais comentado e mencionado em todos os noticiários do mundo.

Saber o que acontecerá no futuro é um dos grandes desejos do homem. Saber o que sucederá conosco antes de virarmos a esquina seria a resposta para as nossas inquietações, temores e ansiedades. Desde que o mundo é mundo muitas pessoas se dizem capacitadas por “forças superiores” para enxergarem o futuro. As fontes de consulta são inúmeras: mortos, estrelas, natureza, feitiços, espíritos, magias, tarô – até com a borra de café no fundo de uma xícara tentam enxergar o futuro. Mas como uma criatura presa ao tempo, por mais poderosa ou inteligente que seja, pode afirmar que as coisas que ainda não sucederam acontecerão?

Apenas uma única pessoa pode fazer isso. E essa pessoa é a quem chamamos de DEUS. O criador de todas as coisas, inclusive do tempo. Diante dos Seus olhos não existe o passado, nem o presente nem o futuro. Se Deus estivesse preso ou submisso ao tempo então o Senhor Soberano sobre tudo seria o tempo e não Deus.

Bem, se cremos que existe uma mente que governa absolutamente todas as coisas chegamos a um impasse. Como saberemos, diante de tantos “deuses” que existem qual é o verdadeiro e único Deus, O Supremo? A resposta é fácil: vamos analisar quais deles afirmam sobre o futuro – porque apenas DEUS tem o poder e o controle sobre todas as coisas. Qualquer pessoa sincera, desejosa de conhecer qual é a verdade, após estudar as propostas de cada religião existente nessa terra terá que se render diante de JEOVÁ – Ele é o verdadeiro DEUS: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último,e além de mim não há Deus. Quem há como eu, feito predições desde que estabeleci o mais antigo povo? Que o declare e o exponha perante de mim! Esse que anuncie as cousas futuras, as cousas que hão de vir!” (Is 44:6,7) Apenas aquele que é o “primeiro e o último” pode fazer tamanha asseveração. E Deus tem predito várias vezes ao longo das eras: Eis que as primeiras predições já se cumpriram e novas cousas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir” (Is 42:9). Estudando um pouco sobre as outras religiões e outros “deuses” fica-se evidenciado que eles não podem prever o futuro. A Bíblia é um livro absolutamente sensacional que nos oferece centenas de provas da legitimidade de Deus através do cumprimento de centenas de profecias cumpridas no passado e que, até hoje, estão se cumprindo.

Quando Deus proíbe ao seu povo de consultar adivinhos Ele não O faz por medo da “concorrência”. A proibição é a indicação máxima da nulidade de buscar em qualquer coisa que não seja Nele mesmo as respostas para o nosso futuro. Consultar agoureiros e adivinhos é tão estúpido quanto pensar que um molusco de aquário possa predizer as coisas que ainda não aconteceram.

Pense a respeito. Se Deus tem dado tantas provas do seu poder ao longo das eras cumprindo cada uma de suas santas predições será que, justamente agora, no final dos tempos, Ele deixará de executar o que já nos revelou que fará com este condenado planeta? A resposta para essa pergunta tenho certeza que você é capaz de adivinhar.

“Lembrai-vos disto, e tende ânimo; tomai-o a sério, ó prevaricadores. Lembrai-vos das cousas passadas da antiguidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o principio anuncio o que há de acontecer, e desde a antiguidade as cousas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.” Isaias 46:8,9

segunda-feira, julho 12, 2010

Fábulas

“Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (II Pedro 1:16).

Não é raro, nos dias de hoje, encontrarmos pessoas que possuem posições muito firmes em assuntos em que não investiram nem tempo nem estudo. Por mais incrível que se possa parecer, são nos assuntos mais vitais da existência humana que menos temos gasto nossos esforços de buscarmos a verdade. Questões como: será que existe vida eterna? Qual será o meu destino após a morte? Será que realmente existe um absoluto criador sobre todas as coisas? E, se existe um Deus, o que Ele pensa, fez, faz, fará e deseja das suas criaturas?

Quando ouvimos a estória sobre o Papai Noel podemos encontrá-la crível por apenas alguns poucos anos do início da nossa vida. Um simpático velhinho que passa o ano todo construindo presentes – cada vez mais sofisticados – para entregar no final do ano para as crianças que se comportaram bem só pode ser aceita por uma pessoa que ainda não possui uma percepção do tempo, espaço e senso da vida. Uma das características da infância é justamente a incapacidade de observar os fatos pelo prisma da verdade. A criança observa os fatos pelo pequeno e limitado prisma do seu entendimento sobre o que é o mundo. Por conhecer tão pouco de tão poucas coisas não é de se estranhar que ela acredite na existência de gnomos, veados voadores e presentes gratuitos ao final do ano.

Tenho ouvido e visto de muitos o apego à fábulas – ação tão própria da infantilidade. Preferimos acreditar no que nos parece mais agradável do que aceitarmos, mesmo que nos incomode, a verdade. Nas três cartas pastorais de Paulo ele adverte a Timóteo e a Tito sobre o perigo de andarmos baseados em invenções: “mas rejeita fábulas profanas” (I Tm 4:7) e “não se ocupem com fábulas judaicas” (Tt 1:14). Mais impressionante é a palavra profética proferida pelo apóstolo em sua última carta antes de ser martirizado: “e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”( II Tm 6:4).

Recentemente, após uma longa conversa com um irmão, percebi que ele estava mais interessado em sustentar seus conceitos carentes de alicerces do que buscar qual é a verdade sobre os fatos. E, antes que eu condene tal pessoa, descobri que ele funcionou como um espelho. Ele refletiu a imagem teimosa de um homem obstinado que acha que sabe a verdade e que não carece de reconsiderações. Eu me vi refletido nele. O que fazer então? Absolutamente todos os tópicos que compõem nossa estrutura central de valores e verdades inegociáveis devem e precisam passar, constantemente, pelo crivo e pela luz do Espírito Santo de Deus. A renovação da nossa mente é uma reciclagem feita pelo próprio Senhor que nos garante uma purificação de pensamentos imaginativos e infrutuosos. Não devemos temer, o que é verdade sempre o será e nada poderá mudá-la. Por outro lado, todas as fábulas e invenções humanas podem e devem ruir de nossas concepções para ficarmos livres de todo engano.

Quais são os meus maiores valores objetivos de vida? Aonde realmente encontro prazer? Em quem ou com o que invisto o meu tempo e energia? Aonde encontro descanso? Qual é a minha real esperança para o futuro? Ao tentar responder a essas perguntas com um mínimo de sinceridade percebo que ainda existem muitas fábulas arraigadas em meu coração.

Tenho que buscar a verdade em todo o tempo. Não porque ela é a melhor resposta mas porque ela, por ser a verdade, é a única resposta. A idéia de existir um Papai Noel que me dá presentes todo ano é muito boa mas não é verdade. Entender o que é a verdade e o que é inventado é fundamental para uma construção sólida para o meu futuro. Aos que vivem da fantasia um dia despertarão e perceberão que não existe nenhum presente debaixo da árvore – tudo o que ocorreu antes era falso. Restará, apenas, sonhos e fábulas dentro de um coração frustrado que conheceu a verdade da pior maneira possível.

“Porque nada podemos contra verdade, senão em favor da própria verdade.” II Corintios 13:8

segunda-feira, julho 05, 2010

Marketing

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32

Uma das lições fundamentais que aprendemos quando começamos a estudar sobre o marketing é aprender a distinguir a diferença entre “desejo” e “necessidade”. Define-se como “necessidade” os estados de carência percebida. Todos nós temos muitas necessidades das mais diversas ordens: sem ar, água, descanso ou comida nenhum homem sobrevive. Além das necessidades físicas também temos necessidades sociais como: segurança, aceitação e auto-realização. Ao contrário das necessidades físicas, as nossas necessidades sociais não possuem um padrão. Elas são determinadas pela fé, hábitos, costumes e valores individuais. Já o marketing define “desejo” como as necessidades humanas moldadas pela cultura e características pessoais. Se todos precisam de comer o marketing trabalha para que você deseje comer no McDonald”s. Se todos precisam de roupas o marketing trabalha visando agregar valores reconhecidos pela sociedade nos elementos da moda visando que desejemos uma determinada marca. Os maiores casos de sucesso ao longo da história do marketing irá demonstrar como uma determinada marca e/ou produto conseguiu romper a barreira do desejo transformando-se em uma necessidade.

Lembro-me que quando estudamos esse assunto na faculdade, meu professor perguntou à turma: o sexo, então, é uma “necessidade” ou um “desejo”? Após um longo debate não conseguimos chegar à uma conclusão. E é aqui que entra o árduo e constante trabalho do diabo em seu marketing de perverter e corromper as coisas como de fato são. De tantos exemplos que poderia citar acredito que o sexo seja o mais emblemático. Que eu saiba, nunca ouvimos dizer de uma pessoa que morreu por não fazer sexo. O sexo em si, não pode ser enquadrado como uma “necessidade” mas sim em um poderoso “desejo” que exerce uma violenta pressão na tentativa de modelar nossos corações para transformar àquilo que é um desejo em uma necessidade. O diabo usa toda sua “verba” em todos os canais de comunicação existentes através das revistas, propagandas, filmes, novelas e músicas. Desde sempre, todo o sistema deste mundo trabalha conduzida sob a mão invisível de um milenar e hábil planejador. Ele aproveita a mudança hormonal nos rapazes durante a adolescência para bombardeá-los com todo o tipo de sugestões e pensamentos impuros que tentarão se aninhar em suas mentes para o resto da vida.

O sexo foi planejado por Deus e é justamente por isso que ele é tão bom. Porém o inimigo, em uma ação bem sucedida, distorceu os valores Divinos e transformou o sexo em uma necessidade desesperada de satisfação imediata dos nossos instintos sensoriais. Engana-se porém quem pensa que o sexo é uma ação errada ou “não espiritual”. A própria Bíblia nos aconselha: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas? Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias” (Pv 5: 15 – 19). Porém a Bíblia coloca o sexo no lugar em que ele deve estar – em um momento único e íntimo de entrega dentro de um relacionamento matrimonial saudável, amoroso e respeitoso entre um homem e uma mulher. Restringir-se a fazer sexo com uma única mulher é um preço muito pequeno diante da possibilidade de experimentar o que vem a ser uma vida unida com outra pessoa plenamente. A monogamia é o testemunho triunfal de alguém que entendeu, usufrui e valoriza o sexo na perspectiva correta de Deus. A verdadeira celebração do sexo reside na fidelidade conjugal e não na insensibilidade animal que busca o prazer do momento diminuindo a outra pessoa e pensando primariamente no seu pequeno e momentâneo gozo.

Vender o sexo como uma necessidade do homem é um dos pilares da ação do inferno para corromper, inquietar e enganar nossos corações trazendo tristeza e escravidão para muitos de nós. E se: “as más conversações corrompem os bons costumes” (I Co 15:33) é dever elevarmos o nosso padrão de santidade e costumes para que não nos tornemos escravos de tal devassidão.

A propaganda é bastante enganosa porém seus efeitos são muito reais. Apenas quando a luz da verdade incide em nossa percepção somos capazes de discernir as mentiras que fundamentam nossa sociedade. Quando estivermos cheios do Espírito Santo todas as algemas que nos prendem a essas questões menores serão quebradas. Os escravos de Cristo são livres e absolutamente felizes porque descobriram que a mais importante e real necessidade de todo homem também pode ser a sua maior fonte de prazer, satisfação e desejo.

“Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria.” Salmos 43:4