segunda-feira, outubro 30, 2006

Ducha fria

“Vinde a mim vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” Mateus 12:28

Já disse muitas vezes para o meu companheiro de sauna, o irmão Mota, que a sauna sem a ducha fria não faz sentido. Ficamos ali assando naquela temperatura insuportável suando mais que tampa de chaleira sonhando com aquela deliciosa ducha fria. Provavelmente exista uma explicação cientifica que descreva o bem estar que sentimos após esse choque térmico que sofremos quando saímos da sauna e entramos na ducha fria. Também fico pensando no cenário contrário. Qual é a graça em sair de casa para tomar uma ducha gelada e passar frio? Para mim, a ducha fria justifica o calor da sauna e vice-versa.

A rebeldia do homem trouxe um caos que afetou diretamente o equilíbrio do planeta e de todos os seus habitantes. Como conseqüência do pecado, toda a humanidade, sem exceção, passa, em alguma medida, por sofrimentos. As lutas, doenças, fraquezas, dores emocionais e perdas fazem parte da experiência de todos nós. Porém, nós, filhos do Deus altíssimo devemos ter uma perspectiva completamente diferente da que tem os filhos das trevas quando passamos pelo calor do deserto. Porque diferentemente deles, podemos buscar consolo e refrigério em Deus.

Infelizmente, nós só valorizamos alguma coisa quando sentimos falta dela. Como desejar um copo de água se não sabemos o que é sede? Como alegrarmos com a luz do dia se não passarmos pela negridão da noite? Ou como teremos gratidão pela nossa saúde se nunca adoecemos? Para experimentarmos o refrigério de Deus, precisamos passar por situações de calor e sufoco.

Fico pensando na sauna; no desconforto momentâneo e no calor sufocante que sinto quando estou nela. Após a ducha fria, sinto-me incrivelmente melhor. A sensação de relaxamento é uma boa recompensa. Quando somos afligidos precisamos reconhecer que somente Deus pode oferecer a ducha fria que refrigera a nossa alma. Após desfrutarmos do consolo oferecido pelo Espírito Santo nos sentimos renovados. A paz que excede todo o entendimento nos envolve e nos faz testemunhar como Davi: “O Senhor é meu pastor. Ele refrigera a minha alma” (Sl 23).

A murmuração é o produto de uma mente que só visualiza o incômodo sufoco da situação presente e não percebe que o Senhor está logo adiante oferecendo alívio. Em breve o Senhor voltará e trará refrigério eterno sob suas asas. Como já disse alguém: “o final da história do cristão é gloriosa, cheia de paz e alegria. Se temos passado por lutas e sofrimentos é porque a nossa história ainda não acabou.” Enquanto isso não acontece, corramos diariamente para o Senhor que nos oferece uma deliciosa ducha fria para suportarmos o calor dessa vida.

“Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.” Apocalipse 7:17

segunda-feira, outubro 23, 2006

Perdido mas não desamparado

“Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” Lucas 15: 24

Ainda muito criança (talvez uns 05 anos) fiquei perdido dentro de um hiper-mercado. Não sei como aconteceu. Provavelmente fiquei encantado com algum brinquedo e me afastei da segura presença da minha mãe. Quando tentei achá-la, já era tarde, os meus olhos não conseguiam vê-la e a paz subitamente deu lugar ao desespero. Não me lembro quanto tempo eu fiquei perdido ou se eu chorei, mas até hoje, consigo lembrar da minha angústia por estar perdido. Ali naquele lugar, havia muitas pessoas mas eu me senti só, havia muitas coisas mas me senti vazio. Nada mais me interessava ao não ser encontrar a minha mãe.

Quando eu era mais novo, acreditava que a conversão era o fim do caminho, o objetivo final do homem. Mas hoje, penso que é exatamente o contrário: é o início da jornada do homem rumo a Deus. A falta de profundeza na teologia moderna produziu uma espécie de cristão que diz: “se eu for lixeiro no céu está bom demais! O importante é não ir para o inferno.” Esse pensamento pequeno e egoísta revela uma absoluta falta de compreensão do propósito de Deus que além de nos oferecer a salvação também restaura a nossa comunhão com Ele.

O capítulo 15 do evangelho de Lucas é um exemplo claro do coração do Pai. Nesta passagem, o Senhor Jesus conta três parábolas: da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho perdido. As três estórias possuem uma estrutura semelhante: o sentimento de perda e o júbilo pelo reencontro da coisa perdida. Para mim, o ponto central deste capítulo não é o objeto perdido mas sim a alegria do pastor, da mulher e do pai ao reencontrar aquilo que lhes era importante. A ovelha é uma figura da nossa fragilidade e dependência (I Pe 3:25). A moeda fala do nosso valor diante de Deus (Ef 1:18). E o filho nos diz da nossa nova filiação e posição conquistada na obra do calvário (Rm 8:15). O que mais me constrange nestas passagens é o coração de Deus: apesar de tantas ovelhas, Ele busca aquela que fugiu do aprisco. Apesar de ser tão rico, Deus procura diligentemente por uma moeda perdida. Apesar de tantos filhos, Deus suspira e corre em direção do filho arrependido que volta pra casa. O nosso Deus é um Deus que deseja ter comunhão.

Naquele dia no hiper-mercado eu me senti vulnerável. Voltei os meus olhos em procura da minha mãe porque sabia que nada mais fazia sentido naquele momento. Não me lembro como a encontrei, mas sei que, na verdade, fui encontrado. Tenho visto pessoas bem próximas de mim perdidas, vagueando nos corredores da vida fascinadas com distrações baratas sem perceber que se afastaram do Pai. Não percebem que, como ovelhas que são, precisam da proteção do Bom Pastor. Correm errantes além dos limites seguros e mal sabem que há dor e morte nos atalhos escolhidos.

Que grande mistério Deus nos tem revelado! Além de nos salvar Ele também deseja manter comunhão com o homem. Como compreender essa verdade? Como entender, em profundidade, o amor do Mestre do Universo por nós? Talvez essa seja uma das maiores verdades do evangelho: o homem pode estar perdido mas nunca estará abandonado.


“Se voltares, ó Israel, diz o Senhor, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás vagueando.” Jeremias 4:1

“Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de jubilo; alegria eterna coroará as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” Isaías 35:10

segunda-feira, outubro 16, 2006

Mudança de tempos

“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; ”Daniel 7:25

Há algumas semanas pra trás comprei um novo celular. Fiquei encantado com a minha nova aquisição. Manda e recebe e-mail, navega na internet, toca MP3, vem com um sistema da Palm com todas as suas utilidades e, inclusive, faz ligações telefônicas. Estava me sentindo o homem mais antenado do mundo. Antes de dormir, conferia e-mails e navegava para ver as ultimas noticias do dia. Fiquei pensando em como consegui viver tanto tempo sem um negócio desses.

Recentemente vi uma pesquisa sobre o hábito das pessoas com relação ao uso do celular: mais de 80% das pessoas que tem celular, não o desligam de noite para dormir e o deixam ligado ao lado da cama; mais de 50% das pessoas voltam durante o dia para casa para buscar o celular caso o tenham esquecido. Vi também uma outra matéria dizendo que já existem comunidades que dão ajuda e suporte para pessoas que estão viciadas em tecnologia ao ponto de se sentirem deprimidas quando não usam tais recursos. A tecnologia que deveria propiciar mais tempo e liberdade têm trazido dependência e escravidão.

Uma das pragas do mundo moderno é a tirania da urgência. Administração do tempo tornou-se um tema universal. Vivemos em um mundo que tudo é para ontem. Ficamos impacientes com o elevador que demora demais pra chegar, com o sinal de trânsito de quatro tempos e de termos que esperar 15 minutos para descongelar uma lasanha. Lembro-me da minha infância, quando o computador demorava alguns minutos para ler um joguinho ainda em fita cassete. Hoje em dia, fico impaciente com os 40 segundos que tenho de esperar para abrir o meu Windows. Cercamos-nos de tanta tecnologia e recursos, mas ao contrário do que deveria, nos tornamos ainda mais escravos da urgência. Perdemos o hábito da meditação. Do momento de quietude e devoção espiritual. Aceitamos passivamente o complexo ritmo de vida do homem moderno e perdemos a oportunidade de termos uma vida simples. Rádio, Internet, Televisão, Messenger, Orkut, Celular e outras pragas modernas ocupam um espaço exagerado em nosso cotidiano. Quando nos deparamos com o silencio ficamos constrangidos e desconfortáveis diante da sua presença.

Pensando neste tema, lembrei-me de alguns conselhos escritos por Tozer sobre a importância da meditação:
(*) Retire-se do mundo todo dia para algum local privado (ainda que seja seu quarto).
(*) Permaneça no local secreto até que os ruídos circundantes comecem a esvair-se do seu coração.
(*) Reduza os seus interesses a uns poucos.
(*) Não procure saber coisas que não lhe sejam úteis.
(*) Aprenda a orar interiormente a todo o momento.
(*) Pratique a candura, a sinceridade da criança e a humildade.
(*) Ore pedindo olhos simples.
(*) Leia menos mas leia mais daquilo que é importante para sua vida interior.
(*) Jamais permita que sua mente fique dispersa por muito tempo.
(*) Chame para casa seus pensamentos errantes.
(*) Contemple Cristo com os olhos da alma.
(*) Exercite a concentração espiritual.

Um dos trabalhos malignos no mundo contemporâneo é de mudar os tempos. Quanto mais se aproxima a nossa redenção, mais esse mundo será oprimido pela tirania da urgência. Quero me levantar contra esse tirano e não aceitar aquilo que pode desviar os meus olhos do que é importante. E quando a minha alma ficar aflita e se sentir oprimida pela urgência desse mundo direi a ela: “O Senhor vela pelos simples; volta minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo.” Salmos 116: 6-7


“Marta tinha uma irmã chamada Maria e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos. Marta agitava-se de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. Então se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que a minha irmã tivesse deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas cousas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só cousa; Maria pois escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada.” Lucas 10: 39-42

segunda-feira, outubro 09, 2006

Acerto de contas

Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Assim, pois cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.” Romanos 14:10,12

Assisti ao filme “Torres Gêmeas” onde conta-se a história real de dois dos apenas vinte sobreviventes ao desabamento do World Trade Center no atentado de 11 de setembro. Eles eram policiais portuários que foram deslocados de suas áreas de trabalho para auxiliarem no resgate e na ajuda aos feridos. Eles então ficam presos embaixo de toneladas de entulho após o desmoronamento do prédio onde estavam. O filme vai desenrolando e mostra as terríveis horas que eles passaram soterrados aguardando o resgate. Naquele momento de angústia, eles puderam refletir sobre suas vidas: um deles percebeu suas falhas como marido e de como estava tratando com frieza a sua esposa. O outro, escreveu um bilhete de amor à sua esposa e lamentou o fato de, talvez, não poder conhecer seu futuro filho. Em um dado momento de medo eles oram o “Pai Nosso” e um deles chega a ter uma visão onde aparece o próprio Jesus. À beira da morte eles estavam fazendo um acerto de contas com as suas próprias consciências.

Depois do filme, me coloquei no lugar deles e me fiz essa pergunta: se eu soubesse que morreria daqui a poucas horas, o que eu mudaria na minha vida agora? Vários pensamentos e situações pipocaram na minha mente deixando a certeza que eu mesmo não aprovo muito dos meus hábitos e atitudes. Desvalorizei muita coisa que valorizo e, quase que inversamente proporcional, valorizei pessoas, sentimentos e comportamentos que costumo desprezar no meu cotidiano. Tentei fazer um acerto de contas comigo mesmo, reforçando para a minha mente teimosa e carnal que “o mais importante é ter o mais importante como a coisa mais importante”.

Ainda criança, cheguei a orar pedindo a Deus para que Ele demorasse a voltar. Queria que Ele voltasse quando eu já fosse um adulto imaginando que o tempo poderia me preparar para estar diante Dele. Mas descobri que o tempo é neutro. Ele pode ser usado tanto por Deus como pelo Diabo. Tanto para nos aproximar como para nos afastar. Como alguém poderá apresentar-se a Deus confiadamente? “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?” (Sl 130:3). E ainda: “Se dissermos que não temos cometido pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos” (I Jo 1:8). Para mim a pergunta que será feita não é se fomos perfeitos mas se fomos obedientes. Paulo diz: “Porque se julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados.” (I Co 11:31). Deus nos dá a responsabilidade de avaliarmos nossa vida. Quando sinceramente nos julgamos, o Espírito Santo encontra um caminho para falar ao nosso coração trazendo ensino, repreensão e arrependimento. Quando obedecemos ao Seu comando, nossa comunhão aumenta dissipando os nossos temores.

Hoje, tenho um pensamento completamente diferente a respeito do tribunal de Cristo. O propósito do tribunal não é de trazer castigo, humilhação mas sim trazer à tona a opinião de Cristo sobre as nossas vidas. A pergunta então é: por que não saber o que Ele pensa hoje? Por que esperar até aquele dia? A falta de comunhão com o Espírito Santo impede que tenhamos uma boa consciência e nos faz naufragar na fé (I Tm 1:19). Assim como aconteceu com Adão, o pecado nos leva a ter medo de Deus e a nos esconder da Sua presença (Gn 3:10). Porém, um dia, querendo ou não, teremos uma audiência diante do Rei dos Reis.

Não quero esperar cair um prédio sobre a minha cabeça para refletir sobre os meus atos. Pelo contrário, quero cultivar o hábito de considerar as minhas atitudes e intenções à luz da Palavra de Deus. Quero viver cada dia como se fosse o último dia que eu tenho para fazer o acerto de contas diante de Deus. Sei que em algum momento, vou acertar o dia.


“E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois se o nosso coração nos acusar, certamente Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as cousas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus;” I João 3:20,21

segunda-feira, outubro 02, 2006

Labirinto


“Então perguntou Jesus aos doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor para quem iremos?” João 6:67,68


Talvez a pior experiência física que passei na minha vida foi quando tive labirintite. Eu tinha 22 anos e, depois de uma noite de sono normal, acordei com o mundo todo girando. Não conseguia ficar com os olhos abertos. A sensação era que eu tinha acabado de sair de uma roda gigante e não conseguia me equilibrar. Devido às fortes tonturas, vomitava tudo que eu colocava na boca. Após dois dias sem melhoras parei no hospital onde fui medicado. Após uns cinco dias voltei à vida normal apesar das tonturas que terminaram completamente quase um mês depois. Foram dias dificílimos de suportar. Ao não conseguir nem sequer abrir os olhos fiquei algemado aos meus pensamentos por um período que pareceu uma eternidade.

Quando voltei ao médico, aprendi que a causa do meu distúrbio foi uma afecção no meu labirinto também conhecido como ouvido interno. Os médicos escolheram esse nome devido a sua complexa estrutura óssea que lembra um labirinto. O sistema labiríntico é a central de informações, que recolhe os impulsos de todos os sensores do sistema nervoso central e as recebe para serem analisadas. Também aprendi que existem dezenas de causas que podem gerar esse distúrbio: álcool, drogas, impactos na cabeça, anemia, alergias e até distúrbios psiquiátricos. Depois dessa experiência passei a valorizar mais meu senso de equilíbrio e direção.

Penso que existe também uma aplicação muito prática dessa figura para a vida espiritual do cristão. Precisamos ter um senso de direção muito sadio caso contrário ficaremos dando voltas sem qualquer avanço. Pior, nossa vida espiritual entrará em um processo de tontura que trará náuseas e desconforto ao nosso espírito. Como acontece com um bêbado que perde todo o senso do meio em que está, voltaremos para o nosso próprio vômito e lamentaremos nosso estado incapazes de alterar nossa realidade.

Quando o povo de Israel saiu do Egito, fazia parte do propósito de Deus que eles passassem pelo deserto (Ex 13: 17,18) mas não que eles peregrinassem pelo deserto por quarenta anos. No caso dos israelitas foi a incredulidade que afetou o senso de direção impedindo-os de alcançarem a promessa (Nm 14: 21-23). Assim como existem dezenas de causas para afetar o nosso labirinto, o nosso senso de direção espiritual pode ser afetado tirando-nos da rota certa e levando-nos para caminhos escuros e tortuosos.

O Senhor no sermão do monte adverte aos seus discípulos que o caminho que nos leva à vida é estreito e são poucos os que se acertam com ela (Mt 7:13). O que configura um labirinto é justamente o fato de que existem muitas possibilidades e caminhos porém uma única saída. Deus não deseja que fiquemos confusos quanto à direção que devemos tomar e Ele deixa claro na Sua palavra. Jesus Cristo, o Seu filho é o caminho (Jo 14:6) e não somente o único caminho mas também Ele é a porta: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo” (Jo 10:9).

Toda vez que me sinto vagueando sem direção e perdido, sei que estou precisando da bússola do Espírito Santo para me re-conduzir a Cristo. Posso estar envolvido com atividades religiosas, reuniões, pregação e tantas outras coisas que não são garantias que estou no caminho certo. Todas as minhas atividades devem ser feitas com a absoluta aprovação de Deus e com a certeza de que são fruto de uma orientação sóbria que me conduz pelo caminho correto. Muitas vezes a minha carne e o meu pecado me levam a becos escuros e a encruzilhadas que parecem sem saída. Porém, toda vez que reconheço meu mau caminho e retorno a Cristo, o Espírito Santo volta a me guiar pelo caminho eterno (Sl 139: 23,24).

E assim, milhares de peregrinos continuam sua jornada durante a noite, contando com a bondade divina para os proteger das ciladas das trevas até que nasça o Sol da justiça.

“O caminho dos perversos é como a escuridão: nem sabem eles em que tropeçam. Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Provérbios 4: 19,18